A cirrose hepática pode ser definida anatomicamente como um processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se freqüentemente de necrose hepatocelular. Apesar das acusas variarem, todas resultam no mesmo processo. Estima-se que aproximadamente 40% dos pacientes com cirrose são assintomáticos.
Quadro Clínico:
- Fraqueza;
- Adinamia;
- Fadiga;
- Anorexia;
- Caquexia: por anorexia, má- absorção de nutrientes por diminuição do fluxo de bile e do edema intestinal, redução do estoque hepático de vitaminas hidrossolúveis e micronutrientes, redução do metabolismo hepático e muscular pelo aumento das citocinas e balanço alterado de hormônios que mantém a homeostase metabólica (insulina, glucagon e hormônios tireoidianos);
- Equimoses e sangramentos espontâneos;
- Feminilização: por acúmulo de androstenediona, pode haver ginecomastia, atrofia testicular, eritema palmar e spiders (abaixo);
- Irregularidade menstrual;
- Encefalopatia;
- Hipertensão portal: retenção de sódio e água (ascite e edema), hiperesplenismo (trombocitopenia), shunts portossistêmicos (hemorróidas e dilatação venosa em abdome) e varizes esofágicas;
- Neuropatia autonômica;
- Etilismo: contraturas de Dupuytren, atrofia dos músculos proximais e neuropatia periférica;
- Doença de Wilson: pode causar insuficiência hepática aguda com anemia hemolítica; pode se manifestar como cirrose associada a achados neurológicos por envolvimento dos gânglios basais (distúrbios de movimento, tremores, espasticidade, rigidez, coréia e disartria) e anéis de Kayser-Fleisher (por deposição de cobre na membrana de Descemet);
- Hemocromatose: pigmentação cinza metálica em áreas expostas ao sol, genitais e cicatrizes; artropatia das pequenas articulações das mãos, particularmente 2ª e 3ª metacarpofalangeanas.
- hepatite autoimune;
- Lesão hepática induzida pelo álcool;
- Hepatite viral B, C, D ou não-B não-C;
- Doenças metabólicas: Deficiência de a 1-antitripsina, Doença de Wilson e Hemocromatose;
- Distúrbios vasculares: Insuficiência cardíaca direita crônica e Síndrome de Budd-Chiari;
- Cirrose biliar;
- Cirrose Criptogênica.
O repouso deve ser prescrito para que o fígado restabeleça sua capacidade funcional. Se o paciente estiver hospitalizado, o peso e a ingestão de líquido, bem como as eliminações, são medidos e registrados diariamente. A posição do paciente na cama é ajustada para a eficiência respiratória máxima, que é especialmente importante se a ascite for acentuada, pois ela interfere na excursão torácica adequada. Pode ser necessária a terapia de oxigênio, na insuficiência hepática, para oxigenar as células danificadas e evitar maior destruição celular. O repouso reduz as demandas do fígado e aumenta o suprimento de sangue para o mesmo. Como o paciente é susceptível aos problemas da imobilidade, devem ser iniciados os procedimentos para evitar as perturbações respiratórias, circulatórias e vasculares. Isto pode evitar como pneumonia, tromboflebite e úlceras de pressão. Quando a nutrição melhora e a força aumenta, o paciente é encorajado a aumentar a atividade gradualmente.
Cuidados de pele são essenciais devido à presença de edema subcutâneo, à imobilidade do paciente, à icterícia e ao aumento de susceptibilidade da pele a lesões e infecção. As freqüentes mudanças de decúbito são necessárias para evitar úlceras de pressão. São evitados os usos de sabão irritante e de fita adesiva para prevenir traumas da pele. As loções podem ser suavizantes para a pele irritada. São tomadas medidas para que o paciente não coce a pele.
O paciente com cirrose é protegido de quedas e outras injúrias. As grades laterais da cama são levantadas e acolchoadas com cobertores macios para diminuir os riscos se o paciente ficar agitado ou inquieto. O paciente é orientado quanto ao tempo e local, e todos os procedimentos são explicados para minimizar a agitação do paciente. Qualquer injúria é avaliada cuidadosamente, devido à possibilidade de sangramento interno.
Fonte: http://www.hepcentro.com.br/cirrose.htm
Imagem: http://www.google.com.br
Postado por: Paula
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